sábado, 21 de fevereiro de 2009


O amor?
Enterrei sete palmos abaixo do chão
Ele veio tentar me levar
Coloquei uma faca no seu peito
Retirei seu coração com a mão
O amor?
Morreu!
Eu matei!

O ódio?
Esse ressuscitou
Veio com o anticristo que o diabo anunciou
Labaredas de fogos e uma dor no peito
Uma vontade de fazer o mal
O ódio?
Vive!
Ele ressuscitou!

A carne?
Degustei de todas as formas
E o verbo se fez carne
Acordem!
Transei com todos que queria
Dei para vários na mesma noite
Essa é a felicidade da carne
O gozo!

Come, Come
Come minhas pernas
Sente o gosto do meu sangue
O gosto de minha carne macia
Que desta carne só o diabo provou

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

NOSSO SILÊNCIO


Osilêncio lentamente,

entupindo minhas veias,

me deixando paralisado,

fazendo do mundo tormento.


Seu poder incide,

sobre minhas têmporas,

enxertando sangue,

em meus desejos.


Saco imprestável,

de carne, pele e ossos,

o silêncio te devora,

um aviso da morte,

que empreende com esforço,

sua colheita insólita,

de todas as almas com um único sopro.


Silêncio, silêncio, o silêncio está aqui conosco!!




Adriano Magalhães