segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

NÃO SOU POETA, POETAS AMAM


Estava conversando com um amigo
Surgiu logo um equivoco
Poetaaaa!!!
A resposta vem na ponta da língua
Pra longe, pra longe de mim
Poetas amam
Poetas tem medo
Eu que vivo na escuridão
Eu que nunca pedi perdão
Se taxado por submissão
Pra mim isto é uma agressão
Nem tudo que rima é poesia
Nem todos que são alegres são poetas
A poesia na verdade tem mais dor
A poesia fala muito de amor
Mas meu texto é feliz
É o caminho, a contra verdade, a morte
Ninguém vai a sabedoria se for por ele

Bruno Rapchaell

5 comentários:

  1. Achei os versos emblemáticos... essa reflexão sobre o poeta é interessante. Os poetas têm tantos amores, e tantas dores... Você vem quebrar essa linha e, vá lá, acho que faz bem. Nem toda ruptura, na Literatura - com L maiúsculo -, é caso perdido.

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  2. É justamente isso que tento expor em meus textos, as vezes é melhor quebrar um espalho do que olhar algo que não nos agrada... NOS OLHAR...

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  3. Eu que vivo na escuridão
    Eu que nunca pedi perdão
    Se taxado por submissão
    Pra mim isto é uma agressão
    ************
    Muito bom... gostei Bruninho.
    Soh mais ainda sua fã agora.! Huahuahua...
    As fotos, os textos... Deu até voltade de fazer um blog também.

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  4. Massa bruno, muito bom esse texto e todos os outros,
    Só queria chamar a atenção para o conceito ou dimensão do que seja poesia & poetas,
    Afim de incendiar o dialogo mágico das experiências...

    “Poetas tem medo”
    “Nem tudo que rima é poesia
    Nem todos que são alegres são poetas
    A poesia na verdade tem mais dor”
    Bem esses trechos de seu poema que enfatizado, vejo que é uma imagem de poetas & poesias que discordo, mas que freqüentemente é empregada mesmo. Vejo essa idéia exatamente contrario do verdadeiro espírito da poesia & dos poetas. A Coragem & a alegria é o principio de todas as atitudes & gestos dos poetas...

    A verdadeira poesia não da à mínima para poemas.

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  5. “... zen-lunatico dos antigos caminhos do deserto, vê a coisa toda como um mundo cheio de andarilhos de mochilas nas costas, vagabundos do Dharma que se recusam a concordar com a afirmação generalizada de que consomem a produção e portanto precisam trabalhar pelo privilegio de consumir, por toda aquela porcaria que não queriam, como refrigeradores, aparelhos de TV, carros, pelo menos os carros novos e chiques, certos óleos de cabelo e desodorante e bobagens em geral que a gente acaba vendo no lixo depois de uma semana, todos eles aprisionados em um sistema de trabalho, produção, consumo, trabalho, produção, consumo, tenho a visão de uma grande revolução de mochilas, milhares ou ate milhões de jovens vagando por ai com mochilas nas costas, subindo montanhas para rezar, fazendo as crianças rirem e deixando os velhos contentes, deixando meninas alegres e moças ainda mais alegres, todos esses zen-lunaticos que ficam ai escrevendo poemas que aparecem na cabeça deles sem razão nenhuma e também por serem gentis e também por atos estranhos inesperados vivem proporcionando visões de liberdade para todo mundo e todas as criaturas vivas,...”
    Jack kerouac, OS VAGABUNDOS ILUMINADOS

    e esse trecho de karouac pra mim é perfeito & descreve todo espirito da poesia & dos "verdadeiros" poetas.
    vejo em seus poemas & em seus atos alegria & paixão, isso é vida & vida é poesia!
    abração

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